quinta-feira, julho 05, 2007

Adega dos Caquinhos


O texto que se segue, encontrei-o sem querer quando tentava saber o número de telefone da Adega dos Caquinhos, restaurante esse muito conhecido pelos vimaranenses e não só. Achei tão engraçada a descrição que uma pessoa vez aquando da sua visita a esse espaço de culto que decidi, então, partilhá-la com todos. Cá vai...

''Devo admitir que nunca pensei que alguém conhecesse aquele lugar...

A primeira (e única) vez que lá entrei foi há 2 anos. Tava eu a estagiar em Guimarães quando com mais um casal amigo decidimos ficar lá a almoçar... Tavamos nós a passear pelo centro quando demos de caras com aquela tabuleta, suja e a precisar de (um BOM) restauro, da adega dos caquinhos...

Logo após nos termos sentado, a dona, sim, aquele ser com os seus 120 kilos, de avental que não sente o cheiro do detergente desde, pelo menos, o dia em que foi vendido, veio-nos entregar a lista (entenda-se, verbalmente e uns decibeis acima do permitido por lei). Ao que, enquanto liamos (entenda-se ouviamos) a lista ela se descai com um "o lombo é muito bom"! O meu colega, numa de bincadeira, e não conhecendo o que a casa gastava, descaiu-se com um "Ai o lombo é bom, é!!" seguido de uma gargalhada. Nisto, a dona, coloca o dorso das mãos ao nível da cintura, qual mãe zangada com os pupilos, e solta a seguinte frase, pronta para tirar D.Afonso Henriques da sepultura: "Ai seus filhas das putas, ja taindes a lebar po mali"... Ao que fikou literalmente todo o restaurante (entenda-se a mãe da dona, o pai da dona, o marido e as 2 filhas) (ah, e um único cliente que lá estava a beber o seu bagacinho) a olhar para nós...

Aí sim, percebemos que estavamos ali para comer, e comer sem mais nada falar...

Pedimos 2 de lombo e 1 de feveras. A fevera sem salada...

Quando chegou a comida vinha 1 de lombo sem salada, e a fevera com salada... Eis que, quando pedimos para trocar, ela numa agilidade incrível para uma senhora daquele porte físico, pega num garfo dos nossos e troca a fevera com o lombo e termina dizendo "Ta melhori?"...

Enfim, tu sabes o que eu estou a falar... Admito que achei fenomenal esse aparte no dia do debate sobre as rivalidades, pois nunca pensei que mais alguém conhecesse aquele mítico restaurante chamado "adega dos caquinhos"...

Sem dúvida, um local a visitar...''

6 comentários:

Anónimo disse...

É uma tasca vimaranense concerteza, é concerteza uma tasca vimaranense!
P taskeirice n há melhor!
( A comida é bem confeccionada, a bebida dizem os entendidos que não é má e o preço, atendendo à localização geográfica é bastante acessível)
não tenho lá ido mas...
ADEGA DOS CAQUINHOS, uma tasca com História!

Anónimo disse...

...atendendo à localização geográfica: CENTRO HISTÒRICO, o preço da refeição é acessível...

Tuni disse...

sim...mas posso dizer que lá não vou tao cedo...o vinho é miserável! daí não se poder chamar tasco aquilo, pois num tasco o vinho é bom!

Hera disse...

Eu gosto do vinho!!

Benedictus disse...

Depende de que vinho estamos a falar.
Eu sou vimaranense, vizinho da dita Tasca (vivo no largo João Franco) e sou assíduo cliente há muitos anos.
Tenho-vos a dizer que o Pinta-Beiços (vinho tinto verde) que là têm é do melhor que há. Quanto a vinhos maduros, pois, esses não convém beber em tascas minhotas, não. Regra geral, são vinhos fracos, mas isso é em qualquer tasco, não só nos Caquinhos.

Quanto à comida, é realmente do mais caseirinho que se encontra. Os Rojões, o Lombo, a Vitela e as Tripas (quando há), são mesmo do melhor, parecendo ter saído da panela da nossa avó.

Quanto á descrição apresentada, só tenho a fazer uma observação. A cozinha da tasca é do mais limpo que se encontra, e o avental da D. Gustinha é lavadinho, sim senhor.
Quanto ao seu marido, o Sr. Zé Manel, verdadeira "peça" por estas bandas, foi levado pelo senhor hà uns bons anos.
Quanto à mãe da D. Gustinha, a venerável Quininha, já não é tão assídua na tasca. A sua saúde já não lhe permite muitas "caralhadas".

De reter uma efeméride muito interessante, protagonizada por essa vetusta e perpétua senhora. Há uns anos valentes, ainda a Gustinha era uma mulher elegante, a tasca era poiso de muita escória, sendo que era frequente ver mulheres de má fama a frequentarem a entrada da tasca, que seria um bom sítio para angariar clientes. A dada altura, uma delas terá pedido para usar a casa de banho, tendo entrado pela porta da tasca, que lhes estava, obviamente, vedada. Ao ver a dita rameira a entrar pela tasca dentro, Quininha insurge-se contra ela, de faca de cozinha na mão:

"Vai-te embora, sua porca. Não quero putas na minha cozinha!"

Hoje, as pessoas são outras, mas o espírito é o mesmo.

Cumprimentos!
Gostei do Blog.
Voltarei concerteza!

strelnikov disse...

eu escoitei falar que era uma tasca familiar e siompatica, non entrei pois non habia nadie, para ir eu conoitra npon entramos pero os comentarios eran simpaticos.www.manueldominguez.es, aqui tendes uma paguina de protugal